História

  Na Antiguidade, o rei persa Dario, "o Grande", organizara um corpo de espiões - "os olhos e ouvidos do rei" - para espionar os sátrapas (vice-reis das unidades político-administrativas do Império).
  Na Antiga Roma era comum a prática da espionagem por trás de cortinas para ouvir segredos. Antes do século II, todavia, não havia corpo diplomático; os problemas eram resolvidos com envio de pequenas missões que agiam em nome do governo. Posteriormente, foram criadas embaixadas permanentes, das quais muitos membros prestaram-se ao serviço de espião. Apenas no Império houve a institucionalização da atividade de Inteligência e espionagem.
  Na Idade Média, por influência da Igreja e da Cavalaria, essa atividade foi posta de lado, pois era tida como pecado. No entanto, há registros de que Maomé, em 624, utilizou serviço de espionagem contra os árabes, prestes a invadirem a cidade de Medina.
  A atividade de Inteligência foi retomada na Renascença, onde as cortes europeias tornaram-se verdadeiros centros de intriga. Ministros e diplomatas exerciam a função. A primeira rede de informações relativamente organizada foi estruturada no reinado da Rainha Elizabeth I, no século XVI; sendo Sir Francis Walsingham o responsável por essa rede de agentes. Entretanto, o primeiro serviço de inteligência institucional foi criado na França, quando o Cardeal Richelieu fundou o Gabinet Noir, com a finalidade de monitorar atividades da nobreza.
  A primeira escola de Inteligência foi criação dos russos - a "Casa de Ukrainev", cécula-mãe da polícia secreta dos czares (Okhrana). 
  A Guerra de Secessão nos EUA também teve sua importância: houve avanço significativo no campo da Inteligência, com a introdução de novas ferramentas - como fotografia e telegrafia - e códigos e cifras.
  Na Primeira Guerra Mundial a atividade de Inteligência sofreu um processo de "modernização", a partir da utilização de novas tecnologias e artifícios não humanos, como a inteligência de sinais - SIGINT - para a produção de conhecimento.
  No período entre guerras ocorreu a institucionalização dos primeiros órgãos de Inteligência, e constatou-se um aumento dos serviços de espionagem e Inteligência pelo mundo. 
  Na Segunda Guerra Mundial, a quebra de códigos foi técnica utilizada amplamente pelos serviços de inteligência dos Aliados, em resposta aos serviços secretos dos países do Eixo. 
  Ao final da 2ª G.M., a URSS muito utilizou esses serviços para atividade de subversão e difusão do movimento Comunista.


Em resposta à espionagem soviética, os EUA criaram a CIA e, mais tarde, a Agência de Segurança Nacional. As decisões políticas tornaram-se atreladas aos relatórios de Inteligência: assim começou a Guerra Fria, período em que o grande avanço tecnológico surgia da necessidade de acompanhar/monitorar os passos da potência rival. Fatos marcantes como a queda do muro de Berlim, a Revolução dos Aiatolás no Irã, a Guerra do Yom Kippur e a invasão do Kwait pelo Iraque foram consequências de falhas dos serviços secretos. 
  No pós-Guerra Fria os alvos da Inteligência diferenciaram-se. Atualmente os  principais são: terrorismo internacional, espionagem econômica industrial, crime organizado, tecnologia de uso ambivalente e o crime comum.